tag:blogger.com,1999:blog-6474278166259637432024-02-21T03:48:02.444-03:00Princess AnnaCinderela = Coberta de CinzasUnknownnoreply@blogger.comBlogger112125truetag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-83331947528082998332017-07-18T17:37:00.001-03:002017-07-18T17:37:50.290-03:00Capítulo 5 - Quando a noite vem<p dir="ltr">Passava minhas tardes lendo ou entrando nos blogs iguais ao meu. Não era o que tinha de melhor para se fazer, mas era o que eu gostava. Fazia eu esquecer a fome. <br>
Quando escurecia, vinha a minha maior tortura. Não a fome. Isso para mim  era bom. A Insônia era minha pior inimiga.<br>
Minha insônia não era como a da maioria. Horas "normais" acordada não faziam parte de mim. Eu apagava.<br>
Não, não apagava de dormir.<br>
Era mais como se eu fosse um zumbi. Passava as horas da noite sentada em cima da cama com os olhos parados e a cabeça desligada como se tivesse dormindo. Mas não estava. É claro que não descansava nem um pouco.<br>
Era durante a noite que eu percebia meu sofrimento.</p>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-52218372239334809522015-08-27T11:59:00.000-03:002015-08-27T11:59:10.985-03:00Dando sinal de vidaPrometi a um monte de gente que não voltaria pra cá, então não esperem que eu volte de vez.<br />
Só apareci pra mostrar que não morri, que estou bem e feliz, bonita, feliz com meu peso e tudo o mais.<br />
Ah, e casada e grávida.<br />
Estou a dias de ver meu pequeno príncipe, e engordei só 8kgs (tdb neh), comendo normalmente, até um pouco demais como qualquer grávida...<br />
Estou muito MUITO feliz. Tudo parece ter chegado ao final do meu conto de fadas. Casei com o principe, tudo o que eu mais quis está acontecendo agora.<br />
Amo vocês.<br />
<br />
Kisses<br />
CinderelaUnknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-38919545319330021702014-02-12T17:38:00.000-02:002017-07-17T19:07:31.834-03:00Capitulo 4 - Melhor hora do diaSe existia um único momento que me eu me tornava feliz, era a hora do intervalo.<br />
Eu estava repetindo o primeiro ano (falta de comida estraga o racicinio, além de dar sono e lerdeza), e minha história naquela escola não foi das melhores. Talvez tenha sido por isso que tudo começou.<br />
***<br />
1 ano e meio antes...<br />
Fragmentos do diário de Fran (2008)<br />
- Que saudade tenho da minha turma da oitava. Foi a melhor escola que estudei, tanto pelo ensino, professores, colegas... Toda a turma era amiga, sem exceção.É claro que as brigas existiam, mas era como briga de irmãos. Passava em horas.<br />
Chegar nessa escola me dá arrepios. É grande demais, tem gente demais e ninguém se conhece na minha turma.<br />
- Eu sou tímida demais pra me aproximar de alguém. E os grupinhos se formando me dão arrepios. Nunca existiu grupinhos na minha antiga turma.<br />
- Estamos quase em maio. Ninguém jamais olha pra mim nem dirige a palavra. Eu sinto falta de amigos aqui, o que tem de errado comigo?<br />
- A professora de religião fez uma brincadeira hoje, que teriámos que colocar qualidades ou defeitos dos colegas. Não conhecia ninguém então apenas escrevi 'legal' em todas as folhas. Quando fui olhar a minha, foi impossível não encher os olhos d'água. Em meio de poucos 'legais' e 'timida' a palavra NOJENTA se destacava. NOJENTA.<br />
Ninguém tenta falar comigo, ninguém se aproxima. E eles têm a cara-de-pau de falar que EU sou nojenta?<br />
Eu os odeio.<br />
- Fazem três meses que não apareço nas aulas. Não quero ver a cara daquela gente. Nunca mais. Hoje, como faço sempre, fui até a escola e peguei o ônibus até o centro. É lá que passo minhas manhãs.<br />
***<br />
2009 - Hora do intervalo<br />
Depois disso que conheci Rebeca, que me apresentou Jéssica, Desiréè, Paula e Bruna. Essas últimas duas me fizeram chorar algumas vezes, por não me aceitarem "no grupo".<br />
Talvez por isso tenha me apegado tanto nas outras três, que me acolheram. Comecei a ir as aulas, mas os lanches no centro tinham me feito ir dos magros 40 aos 60kg em meses. Foi aí que tudo começou.<br />
O intervalo era a hora em que ia visitar as meninas no segundo ano. Era uma transformação instantânea. Risadas, brincadeiras e conversas sinceras eram normais ali. Elas nem mesmo desconfiavam que eu fosse triste e obcecada por magreza. Era como se eu fosse outra pessoa perto delas. Alguém feliz.<br />
Elas eu saberia descrever. Rebeca era evangélica como eu, mas diferente. Ela tinha uma luz que irradiava a distância e um comportamento impecável. Era divertida e uma excelente amiga. Também não era muito interessada nos estudos, mas sempre tinha as notas boas. Jéssica era do tipo estudiosa, amiga ouvinte e compreensiva. E estava sempre lá quando eu precisava. Desi era irônica e séria, quase mau-humorada, mas o tipo de pessoa que faria o papel de amiga-mãe quando alguém precisasse de um sermão. Paula era quieta e calma, responsável e querida. E Bruna era mimada, irritante até, mas era estupidamente divertida.<br />
Elas eram as únicas pessoas no mundo que sabiam do meu maior problema - a mitomania.<br />
Antes que alguém diga que é vício de mentira: não é. Compulsão por mentiras é mentir sem parar e sobre qualquer coisa. Mitomania é quando o cérebro acredita em imaginação e sonho como fato, ou seja, eu acreditava naquilo que falava. Não quase acreditava, eu acreditava mesmo.<br />
Jéssica, Rebeca e Desi me ajudavam como podiam. Pediam fotos de tudo o que eu fizesse, confirmações. E quando eu contava algo que descobria ser mitomania, elas sorriam e nunca ficavam bravas. Eram anjos.<br />
Eu me tornava extrovertida perto delas, mimha timidez ia embora. Ficava maluca até. Quem me via todos os dias daquele jeito, nunca imaginaria que eu passava o resto do dia triste e pensando em números. Não as culpava não desconfiar.<br />
Quando o sinal tocava era hora de voltar a ser a garota triste. Saía pela porta do segundo ano e a transformação acontecia outra vez.<br />
***<br />
Deixei o sono me pegar nos dois últimos períodos, que tinha quimica, uma matéria que até hoje não entendo. Acordei quando o sinal bateu do lado de fora.<br />
Coloquei minha mochila nas costas automaticamente e ia saindo pra ir embora. Amanda me puxou - Vai almoçar comigo hoje - ela disse.<br />
Franzi a testa.<br />
- Não - falei.<br />
- Sim - ela disse - Ou vou te seguir até em casa e esperar tua mãe pra conversar com ela.<br />
- Você é louca? - perguntei.<br />
Ela riu, e me puxou sem se importar. Eu bufei.<br />
Ela foi até o centro falando sem parar ao meu lado, e eu escutava com atenção, como sempre, agradecida por não ter que falar.<br />
Ela pediu dois sanduíches e duas cocas. Zero pra mim. Comi com nojo como se tivesse com merda na boca. Não estava brava com Amanda. Pra falar a verdade, eu sabia que ela só estava preocupada. Não sei se comigo ou com a melhor amiga dela, que estava sofrendo por mim, mas estava bem intencionada.<br />
Ela finalmente me largou no ônibus, e assim que tirei o livro que estava lendo da mochila, meu estômago revirou e senti a comida querendo voltar.<br />
Entrei em casa e fui direto ao banheiro, enchi um copo com água do chuveiro e tomei, sentindo a garganta arder.<br />
Coloquei uma gota de detergente no dedo e enfiei na garganta.<br />
Não funcionou. Nunca pode demorar tanto pra botar pra fora.<br />
No desespero, coloquei oleo em uma volher e tomei.<br />
Funcionou.<br />
Foi a coisa mais maluca que já fi.<br />
Aí que decidi pelo extremo. Liguei pra farmácia e pedi oito envelopes de laxantes.<br />
Podia não funcionar. Mas me fazia sentir o familiar vazio.<br />
E o vazio é bom.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-10281561075055410692014-01-20T01:13:00.002-02:002017-07-17T19:02:59.923-03:00Capítulo 3 - Eu decepciono<div style="text-align: justify;">
Magoar era uma rotina em minha vida. Mentiras, roubos e outras formas de decepção reinavam em minha vida.</div>
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Estava em recuperação em todas as matérias. Pudera, né, eu simplesmente não ia as aulas, e quando ia era pra pensar em dietas e números.</div>
<div style="text-align: justify;">
Era junho. Fazia um pouco de frio, mas não muito ainda. Eu caminhava até a parada a uma quadra de casa, ainda estava escuro. Era pouco mais de seis da manhã. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eu vestia um moletom preto maior que eu, para disfarçar minha gordura horrível. Desde maio, perdera mais de cinco quilos, mas continuava comendo cada vez menos, e tinha passado fazer refeições sozinha. Sempre ia ao banheiro depois de comer, já por puro hábito e já desenvolvera uma forte depressão, além de ansiedade e uma síndrome do pânico fora do comum.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu vivia cansada, meu metabolismo não funcionava corretamente e sempre que eu podia, estava fazendo exercícios.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu estava me matando aos poucos. Eu parara de mestruar a três meses e passava meu tempo nos blogs que compartilhavam informações como eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Meu cabelo caía muito, tinha a pele desidratada e me via cada vez mais gorda.</div>
<div style="text-align: justify;">
O desespero tomara conta de mim. Eu não queria emagrecer por beleza, eu queria ser feliz. Se fosse feliz, a gordura ia ser um mero detalhe. Tinha uma frase que eu usava muito: "Emagrecer é preciso, viver não."</div>
<div style="text-align: justify;">
***</div>
<div style="text-align: justify;">
Fazia algumas semanas que Ana finalmente conseguira ultrapassar minha barreira de pedra. Isso ajudou um pouco, porque ela me ajudava a aprender, e fazia comigo os trabalhos em grupo.</div>
<div style="text-align: justify;">
O problema da amizade (ou a função dela) é que nos tornamos presas fáceis dos famosos "Tudo bem?" deles. Foi o que aconteceu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em três minutos contei a ela tudo o que acontecia comigo. Acabei deixando que ela lesse o que eu escrevia e ela preferiu não comentar sobre. Preferi assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas as coisas não terminaram aí.</div>
<div style="text-align: justify;">
A hora do lanche era a hora mais difícil pra mim. Todos entravam sucos, sanduíches, frituras e doces, e eu ficava na minha, torcendo pra que ninguém ouvisse minha barriga roncar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ana sentou do meu lado com um pacote de walfer, e me ofereceu. Neguei com a cabeça.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela me olhou com seu rostinho de anime, triste e eu senti uma forte dor no coração.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Quanto tempo tá sem comer? - ela perguntou.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dei de ombros.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Nada? - perguntei, ela assentiu. - Uns três dias, eu acho.</div>
<div style="text-align: justify;">
Foi rápido demais,as quando tive tempo de perceber, Ana estava tentando enfiar um walfer na minha boca. Minha reação foi morder a mão dela e cuspir o biscoito longe.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela gemeu de dor e segurou a mão ferida. Meus dentes tinham cravado com força. Ela sangrava.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Caraca, eu sinto muito - pedi com sinceridade. Não queria machucá-la, mas também não queria comer aquele amontoado de gordura e açucar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela tinha uma tristeza terrível no olhar. Senti pena, culpa até.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Você me ama, Fran? - ela fez a pergunta de cabeça baixa. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não hesitei em responder a verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Amo, Ana - falei, como se ela tivesse me ofendido - Eu te provei isso, você foi a única pessoa no mundo que confiei um diário meu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela segurava a mão sobre o peito, como se a mordida provasse o contrário das minhas palavras.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Mais que sua ana? - ela me olhava nos olhos agora.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu baixei a cabeça, sem conseguir suportar aquele olhar tristonho.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não - eu mordi o lábio, sabendo que estava falando algo horrível, mas não podia mentir pra ela. - Ninguém é mais importante pra mim que ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vi uma lágrima escorrer em cada olho, antes que ela virasse as costas.</div>
<div style="text-align: justify;">
***</div>
<div style="text-align: justify;">
Ver Ana daquele jeito foi uma das piores sensações da minha vida. Fiquei sentada sozinha dentro da sala, olhando a mesa como se fosse a coisa mais interessante do mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chorar para mim sempre foi difícil. Senti uma dor no peito, e parecia que só sairia através do choro ou de um vômito induzido depois de uma longa compulsão.</div>
<div style="text-align: justify;">
- O que você fez foi muito maldoso, Fran - era a voz de Amanda, uma menina loira e franzina, muito amiga de Ana. - Sabe que ela só quer te ajudar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fiz que sim com a cabeça, meus olhos taciturnos de tristeza.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Sinto muito - choraminguei - Só não gosto de mentir.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Trouxe isso pra você - ela disse, empurrando um prato com meio sanduíche pra mim. - Sei que não conseguiria comer um inteiro, mas tente pelo menos um pedaço, por Ana.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mordi o lábio, fazendo que não com a cabeça. O que tinha dito aquela hora era a verdade. A anorexia para mim era mais importante que qualquer coisa. Não que fizesse de propósito, na verdade, preferia viver sem ela. Mas ela já fazia parte de mim. Como se sem ela, eu não existisse, não fosse eu mesma.<br />
- Come ou vou ser obrigada a falar com a Magali.<br />
Magali era a orientadora. Era legal, mas eu não tava a fim de falar com ela sobre isso.<br />
- Eu não posso - reclamei.<br />
Ela revirou os olhos.<br />
- É claro que pode - ela falava como se fosse minha mãe - Vai logo com isso, Fran.<br />
Peguei o sanduíche com repugnância, mordendo e olhando a garota com uma fúria assassina.<br />
Comi metade do que ela me dera e ainda tinha fome. Ouvi ana me insultar dentro de mim, ignorei e comi o resto.<br />
Ah, droga.<br />
***<br />
Não lembro como fui parar no banheiro. Só lembro que a culpa me dominou de maneira assombrosa.<br />
Fechei a porta e escorei as costas na parede, me concentrando no meu dedo no sininho da garganta.<br />
Sempre fui mais difícil para mim fazer aquilo. Quando criança, fiz a cirugia para retirar as amidolas, o que dificultava tudo.<br />
Estava tentando forçar a ânsia pela quinta vez quando ouvi Amanda me procurando. Droga, droga, droga.<br />
Percebendo o que eu estava fazendo, ela escalou a porta, para espiar o que eu fazia. Aquilo me surpreendeu.<br />
Amanda não era qualquer uma. Ela não se importava com minha repulsa a preocupação. Ela era diferente.<br />
- Escuta aqui, Francieli - meu nome era território proibido pra qualquer pessoa no mundo - A coisa vai ficar feia pra você.<br />
Eu ri. Não dela, absolutamente. Ri porque a amizade que ela tinha por mim achava que eu me importava se ela fosse me bater. Eu agradeceria, na verdade, acharia merecido.<br />
- O que houve aqui? - era tia Maria, a faxineira da escola, uma italiana divertida, mas mandona - Ela tá passando mal?<br />
Droga, mil vezes droga.<br />
Dei a descarga e abri a porta.<br />
- Eu to bem - falei.<br />
- Não tranca a porta quando passar mal - avisou Maria. Eu assenti.<br />
O sinal bateu. Era a hora do intervalo, finalmente.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-11515931477893232922013-12-23T18:54:00.003-02:002013-12-26T14:22:55.959-02:00Capítulo 2 - Cobras e calorias<div style="text-align: justify;">
Eu tinha um diário nessa época. Colocava lá toda minha rotina, envolvendo dietas, quilos perdidos e medidas que diminuíam. -</div>
<div style="text-align: justify;">
Cheguei em casa meio fraca, olhei o espelho, que dizia o quanto eu era gorda, e deitei na cama com o livro no colo, angustiada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ouvi mais a vez a barriga roncar. Entrava um friozinho gostoso na janela. Sempre amei frio</div>
<div style="text-align: justify;">
Puxei o edredom dos meus pés e abri o livro, minha parte preferida.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Você devia comer. Sabe que precisa, não quer desmaiar ou algo assim, quer?</div>
<div style="text-align: justify;">
Era a voz de Marlon ao meu lado. Só mais um amigo imaginário. Ele aparecia quando eu precisava de um bom amigo, um bom conselho, uma "preocupação" de alguém que eu não pudesse mandar embora. Ele era meu melhor amigo. Eu achava que ele era meu anjo da guarda particular.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei, eu as vezes acho que devia escutar você.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele riu.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Sabe que sim. Se não comer, vão mandar você pro soro, o que não é nada bom.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não tenho medo de agulhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Mas tem medo que descobrm você.</div>
<div style="text-align: justify;">
Engoli em seco. Ele tinha razão.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Se eu comer 3 ou 4 bolachas...</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não vai adiantar, sabe disso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dei de ombros. Claro que sabia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Li 3 ou 4 páginas do livro, abaixei no colo e suspirei. Fiz as contas. Era quase duas horasda tarde, não comera nada hoje além da bala da Evilyn.</div>
<div style="text-align: justify;">
Segurei o diário, estacionado ao meu lado, no criado-mudo. Marquei 650kcal, contabilizando 60 da bala e 600 do almoço que eu ainda não comera.</div>
<div style="text-align: justify;">
Desci as escadas, vendo que podia cair de fraqueza a qualquer momento. Via tudo meio girando e fiz o possível pra chegar logo na cozinha. Fiz o prato contabilizando cem calorias de 2 colheres de arroz, 200kcal de um pedaço de galinha e 100kcal na salada cozida. Ótimo, só 400, pensei.</div>
<div style="text-align: justify;">
Comi devagar, mastigando o máximo possível cada garfada, sentindo nojo daquele cheiro que eu já perdera o costume de gostar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente lavei o que tinha usado e tentei dizer a mim mesma que podia emagrecer sem colocar nada pra fora. Mas a força do hábito falou mais alto, e em minutos me vi ajoelhada em frente ao vaso sanitário, com a escova de dente na garganta, colocando pra fora o pouco que comi.</div>
<div style="text-align: justify;">
Deixei-me chorar por alguns minutos, certa de que minha vida estava sendo levada para lugar nenhum. Mas a obsessão não é algo que se livre facilmente.</div>
<div style="text-align: justify;">
***</div>
<div style="text-align: justify;">
Acordei desnorteada, sem saber o porquê dormi aquela hora da tarde. Mas é claro que era óbvio, estava sem dormir há três noites.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tinha tido um sonho estranho. Eu estava no shopping com minha melhor amiga - ou a que havia sido, em algum lugar remoto da infância. Ela escolhia sapatos, e eu, como nunca fui fã dessas coisas, dei atenção a uma loja de objetos diversos, e com duas cobras misturadas em cima da mesa, bem no centro da loja.</div>
<div style="text-align: justify;">
O único homem ali me entendeu. Usava um terno preto, uma gravata vermelha e era belo e elegante. Ele me sorriu e passou a me mostrar as coisas na loja, que eram simples. Relógios, fitas, DVD's e livros. Todas aquelas coisas me encantavam como se fossem barras de ouro.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Te dou tudo isso de graça - o homem piscou um só olho - Se conseguir formar uma trança com essas cobras.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estremeci. Nunca tive medo de cobras, mas também nunca mexi com elas. Resolvi tentar de todo o modo, afinal, valeria a pena. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na metade da tarefa, choraminguei e pensei em desistir. Como se soubesse, o vendedor me ofereceu ainda um anjinho de porcelana, um anel de asas e um amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
Interessada no último prêmio, eu continuei até encontrar as cabeças, que tentavam me morder, e eu tive medo. Enfim, soltei.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não desiste ainda, se conseguir, além de todos os prêmios, te dou uma viagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
Terminei a trança e fui picada pelas duas cobras.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu ainda não sabia, mas esse sonho bobo e maluco, era minha vida e meu futuro sendo narrado.</div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-67038864969918539892013-12-02T23:17:00.001-02:002017-07-17T16:42:29.349-03:00Capítulo 1 - ZumbiBem, aqui vai um pouquinho mais pra vocês ;)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWFLDWXXSdfZq6gE7RTyEeu4G_pt9DMBxHPGd0qVS_-KCz4aO60E8VVXNshNVLpTMSRxeUa04Q3iPWHOM5SAxqw0Cn0K6epSsb-xMuM6X0tjma2UqW_zXwB0efa1tGXet3Na1tUhOJ1GU/s1600/page.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWFLDWXXSdfZq6gE7RTyEeu4G_pt9DMBxHPGd0qVS_-KCz4aO60E8VVXNshNVLpTMSRxeUa04Q3iPWHOM5SAxqw0Cn0K6epSsb-xMuM6X0tjma2UqW_zXwB0efa1tGXet3Na1tUhOJ1GU/s320/page.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
Abri os olhos, vendo que o sol finalmente nascia e eu mais uma vez não dormira. Minhas noites de insônia já eram comuns, nem lembrava qual fora a última vez que tivera uma noite de sono de verdade.</div>
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
Estava em meados de maio, eu tinha dezoito anos e um futuro promissor. Era inteligente, gostava de ler e estudar e tinha uma intimidade excepcional com a escrita.</div>
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
Mas, bem, eu não acreditava nisso.<br />Esfreguei os olhos e me forcei a levantar, apesar do cansaço. Eu até podia faltar aula e ficar dormindo (ou tentando), mas já tinha feito isso tantas vezes... E além disso, na escola eu tinha segurança contra compulsões e ficava livre das brigas com minha mãe.<br />Tomei um banho quente, deixando a água levar o sono embora. Coloquei a primeira roupa que vi, toquei a mochila nos ombros e saí. Ouvi o estômago roncar e ignorei. Comida faz você se tornar um boto gordo, e eu já estava quase lá. Nos dois ônibus de meia-hora cada um que pegava para ir a escola, eu lia o tempo apesar da dor de cabeça fritando os miolos. Eu era assim. Ignorava o sono, ignorava a fome, ignorava a dor, e ignorava que estava doente e precisava de ajuda.<br />Outra coisa que ignorava, era a existência das pessoas. Não que as odiasse. Na verdade, amava a cada um dos meus colegas como se fossem amigos de anos. Mas nenhum sequer chegava perto, eu os afastava. Pessoas precisam comer, e muitas vezes te obrigam a isso, colocando a culpa na "preocupação" delas. Por isso eu achava melhor ficar sozinha.<br />Bem, havia minhas duas amigas imaginárias, a Ana e a Mia. Esse é o apelido carinhoso que damos a nossas doenças, a anorexia e a bulimia. Elas não comem, e por isso mesmo, são lindas e magras. E me lembravam a todo instante que eu era gorda, e por isso mesmo, não precisava de comida ou de amigos.<br />Por coincidência, a menina que sentava comigo se chamava Ana. Ela era legal. E gosta de mim de verdade. Apesar de eu ter tentado me afastar dela, ela não desistiu de mim. Mas também não enche meu saco falando de saúde, e que eu preciso comer pra viver.<br />- Ei, Fran - ela sorriu e sentou sem falar mais nada, entrando em um assunto sobre anime ou qualquer outra coisa com as meninas da frente.<br />É estranho pensar nessa época da minha vida. Nem sei se aquilo uma vida exatamente. Eu estudava, lia, ia na igreja, tinha minhas atividades por lá. Mas tudo que eu fazia, ficava em segundo plano, porque estava obcecada. Como alguém apaixonada que só pensa naquela pessoa, eu só pensava em números, calorias, quilos e dietas. Por isso que as vezes eu misturo os acontecimentos nessa época, eu não os aproveitava.<br />Como se estivesse assistindo a vida passar do banco de trás.<br />Sinto até vergonha de dizer isso, mas apesar de gostar das minhas amigas na época, eu não os conhecia o suficiente para as descrever por aqui. Sei que Ana gostava de desenhar e curtia anime e Liege era divertida e gostava da banda da moda na época, Rayane e Fernanda vieram do norte ou nordeste e Ketlin era mais o estilo quieta (quase nunca vi ela falar)<br />Eu as ouvia muito. Elas gostavam de conversar comigo, e eu gostava de ouvir, porque me fazia fugir dos meus problemas. Mas confesso que o motivo dessa preferência pelos meus ouvidos é que eu sabia guardar segredos. E isso tem uma explicação: eu esquecia. Não que eu não prestasse atenção, não me levem a mal, eu dava toda a atenção do mundo, porque elas também me ajudavam quando faziam as ouvir. Eu esquecia dos problemas delas, porque passava tempo demais preocupada com os meus.<br />Porém, havia uma menina em especial cujo problemas eu não esquecia. O problema é que ela sequer sabia da minha existência ou as ignorava. Se chamava Letícia, era do estilo emo, e tinha talvez o dobro do meu peso. Ela jamais falara comigo, mas eu sabia muitos detalhes sobre ela. Sabia que a avó estava doente e que era a única família que ela tinha.<br />Sabia que tinha dezesseis anos e um corte profundo recente no pulso direito e que tinha um estilete guardado dentro do allstar. Sabia que tinha um ex-namorado idiota que a chamara de gorda nos últimos dias e que fizera com que ela aderisse a "moda" da dieta radical. Não tinha certeza, mas acho que ela estava no terceiro dia de NF.<br />A aula com o professor Marcos, de educação física, começou com uma corrida. Dei um sorrisinho para mim mesma, pensando na quantidade de calorias que perderia com aquele exercício. Foi logo no início que lembrei que faziam cinco dias desde que fizera minha última refeição de verdade (as que não eram de verdade, não passam de cem calorias) e isso nunca me impediu de fazer exercício, claro. Mas senti um certo mal-estar, uma tontura, e não pretendia desmaiar para que perguntas não viessem me entregar depois. Por isso mesmo, escolhi ficar para trás, fingindo que corria. Letícia estava atrás de mim, parecendo também não estar bem. Evilin - a amiga dela, da qual eu não conhecia muito, mas sabia que tinha uma banda de rap rock da qual eu era fã - , surgiu com uma bala e fez que ela colocasse na boca. Açúcar ajuda nessas horas, e eu sabia disso.<br />Ela guardou a bala no bolso sem me oferecer, sabendo talvez que eu não aceitaria, mas eu a surpreendi.<br />- Me dá uma? - quase implorei.<br />Ela olhou de um lado a outro, procurando quem eu falava, até enfim, tirar uma bala do bolso e jogar para mim, sem abrir a boca.<br />Dei de ombros, colocando a bala na boca. O mal estar foi passando e eu fiz as contas. A bala devia ter sessenta calorias, então uma caminhada de três minutos acaba com ela.</div>
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
***</div>
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
Confesso que a trufa que minha colega vendia era tentadora. Não que eu gostasse de comer, na verdade, aderira a ideia de que comer era nojento e me dava ânsia de vômito. Mas sempre tive uma coisa que me tentava: morangos. Qualquer coisa feito com eles me deixam maluca, como uma criança com fome quando vê churrasco.</div>
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
E Letícia tinha o mesmo problema que eu com chocolate. Por isso quando Evilyn apareceu com uma trufa de presente, ela não resistiu.</div>
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
Vi discretamente a forma que ela comia, como se fosse ser a última vez, devagar e calmamente (eu normalmente comia assim, a não ser que seja uma compulsão, quando me transformo em uma enorme máquina de comer). Assim que terminou o doce, lambeu os lábios e saiu para o banheiro. Estávamos sem professor, então a segui discretamente. Cheguei no banheiro a tempo de vê-la entrar em uma das cabines. Entrei em outra, e logo vi os sons característicos do vômito induzido. Uma angústia forte contaminou meu peito e deixei-me cair no chão, o choro baixo vindo de dentro, como cachoeira.</div>
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
Não sei até hoje o que fez com que eu me preocupasse com ela daquela forma. Talvez fosse porque me odiava demais para me preocupar comigo mesma, e sabendo o quanto aquilo me fazia sofrer, eu a acolhi como igual.</div>
<div style="background-color: #826f61; color: white; font-family: arial, tahoma, 'times New Roman'; font-size: 14px; line-height: 22.390625px; text-align: justify;">
Mas o que aquele choro indefinido me fez pensar naquela época, foi algo muito maior do que realmente era. Acreditei estar apaixonada por uma menina pela primeira vez.</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-75436707921284695402013-11-13T20:49:00.003-02:002014-08-01T21:18:36.645-03:00Entre todos os meus erros, encontrei você....<div style="text-align: justify;">
<i>Oi, meninas. Sei que faz muito (mais muito mesmo) tempo que não venho por aqui. O motivo é gritante: eu me amo. Me acho linda, e estou pesando talvez uns 68kg (pra falar a verdade, não chego perto de uma balança a alguns meses), mas não me orgulho disso. Minha força de vontade pra emagrecer existe, e estou fazendo uma dieta (sem loucuras) para isso, com exercícios saudáveis. Quanto ao resto... Estou feliz. Tenho poucos amigos que amo, uma família com problemas normais, meu gato e meu cachorro. Um amor é algo que quero sim, e muito, mas não estou desesperada atrás.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Bem, mas voltei por um motivo. Vou iniciar um livro em homenagem ao grande amor da minha vida, contando toda nossa história, e vou postar aqui.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Então, vamos ao livro:</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
_________________________________________</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfTdzAHtdPJFjPLohyTMmX_sSEsgXDl7hYZ88fVoj3k0qDMM2vWRsvnqja9ZnFHhpL3-qL0_vSb5uPemysfYNdgt8AhecBbmlHSQL7U-eY2Rgde-m2hug2oZHq52Op4vHXbM_ofKRBfaE/s1600/page.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfTdzAHtdPJFjPLohyTMmX_sSEsgXDl7hYZ88fVoj3k0qDMM2vWRsvnqja9ZnFHhpL3-qL0_vSb5uPemysfYNdgt8AhecBbmlHSQL7U-eY2Rgde-m2hug2oZHq52Op4vHXbM_ofKRBfaE/s320/page.jpg" width="320"></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Prefácio </b><b>- Sobrevivi, agora vivo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Se está lendo isso, presumo que não tenha preconceitos absurdos contra os dois temas que vou tratar aqui.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chamo-me Fran, sou atualmente alguém considerada adulta, e de fato o sou. Tive críticas fases em minha vida, e hoje sou o que chamariam de uma pessoa feliz. </div>
<div style="text-align: justify;">
Houve uma época em que vivi como zumbi. Para quem assistiu o filme adolescente que o namorado zumbi da garota é curado e volta a viver, talvez você tenha uma ideia de tudo o que fui e sou. Eu não vivia. Passada meus dias e noites sem dormir nem comer, e pensando o tempo todo em comida, dietas e números. Não tinha amigos, nem sonhos, nem metas, nem felicidade ou qualquer sentimento por mim mesma, a não ser o mais puro ódio. Afastei tanta gente da minha vida, que cada um que sumia era uma parte de mim que se ia, e eu ia morrendo aos poucos, até me transformar em zumbi: morta, apenas andando por aí.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia, chegou alguém que mudou tudo. Um sol que iluminou meus dias, sem cessar a tempestade. Apesar de continuar mal e cheia de inimizades comigo mesma, ninguém pode negar que foi a partir do dia em que encontrei essa pessoa, que meu mundo deixou de ser morto, e passou a ser apenas problemático.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se suas forças permitem, e você tem coração e fôlego o suficiente para ler, vá em frente. Se não tem, aproveite e folheie para o final. O fim dessa história pode ser mais surpreendente do que eu mesma </div><div style="text-align: justify;"><i><br></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Mais em breve!</i></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-45861237954591802552013-03-12T10:42:00.000-03:002013-03-12T10:44:25.924-03:00Felicidade<div style="text-align: justify;">
Eu passei por tanta coisa. </div>
<div style="text-align: justify;">
Bullying, abuso, leucemia, transtorno alimentar, mortes... A maioria não era verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Passei por coisas horríveis, que me fizeram sofrer, me mataram por dentro. Nunca aconteceu? Não. Mas para mim, aqui dentro, ainda lembro. Sei que aos poucos estou esquecendo essas coisas que não era verdade, que eram estórias que a minha cabeça inventa. Aos poucos estou conseguindo ser feliz.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sou feliz, sim. E não é porque tenho uma família maravilhosa, amigos incríveis, ou o namorado que eu pedi a Deus. Não é porque tenho uma vida boa, ou saúde de verdade, física e psicológica. Não é por nada disso, apesar de eu agradecer a Deus todos os dias por esses detalhes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estou feliz porque a felicidade está em mim. Faz parte de mim. Está aqui, para eu aproveitá-la.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo está bem.<br />
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Com esse post me despeço desse blog, no intuito de me dedicar ao outro. Vou sentir falta disso aqui, de cada momento, de cada palavra amiga, cada conselho, nesses 3 anos, que vou guardar para sempre.<br />
Vocês foram importantes demais para mim. </div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-24253827540827529392013-03-05T10:58:00.000-03:002013-03-05T10:58:03.739-03:00Preocupação<div style="text-align: justify;">
Odeio ficar preocupada. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não por egoísmo, claro que não. Se preocupar com as pessoas que eu amo é uma característica minha. Mas eu sempre me preocupo mais com os outros que comigo. Por quê?</div>
<div style="text-align: justify;">
A preocupação entristece, desgasta. Dá um frio na barriga, uma vontade de soltar um choro que não sai. Vontade de trocar de lugar com eles e morrer...</div>
<div style="text-align: justify;">
Minha melhor amiga está com um quadro de tuberculose. Parece que pode ser sintoma de alguma coisa maior (Deixo nas entrelinhas, não está tão difícil de traduzir). E meu namorado foi ameaçado de morte na minha frente por caras com o dobro da idade dele (eu acho). </div>
<div style="text-align: justify;">
Faz o quê com essas informações. Finge que não está acontecendo?</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu me preocupo até demais. Quando as coisas acontecem comigo, eu não fico tão preocupada assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas é porque morrer é melhor do que perder quem eu amo. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-34505603864313948012013-02-26T10:09:00.001-03:002013-02-26T10:09:15.921-03:00EmagrecendoEstou emagrecendo aos poucos.<br />
Perdi meio quilo no último mês.<br />
Sei que é pouco. Mas é saudável. Em meses, chego onde quero.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-46881240970721162042013-02-19T11:48:00.001-03:002013-02-19T11:48:58.878-03:00Desconfiança<div style="text-align: justify;">
Desconfio de pessoas que não olham no olho. Desconfio de pessoas que falam mal de outras pra mim. Desconfio de gente que não tá comigo quando eu preciso, e quando precisa, me obriga a ouvir. Desconfio de quem tenta conquistar com letra de música. Desconfio de quem tem medo de ligar a webcan. Desconfio de quem não diz "eu te amo" nem pra própria mãe. Desconfio de pessoas. Desconfio de mim, também.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-34193456167049642642013-02-12T23:42:00.004-02:002013-02-12T23:43:26.861-02:00Resumo de um retiro MUIIIIITO BOOOM<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Ser da equipe azul e depois da verde , no mesmo dia =P</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Comer comida boooa</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Conhecer pessoas inesquecíveis</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Descer muito rampa molhada, sozinha ou em um colchão lotado</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Os melhores cultos: benção e adoração</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Dormir pouco</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Pular muiiito</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Descobrir que Canoas tem os melhores líderes \o/</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Ouvir uma palestra totalmente edificante</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Ser jogado na piscina assim que chega perto delas</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Jogar muito fla-flu e sinuca ;)</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Maratona Bíblica com obstáculos =P</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Futebol de sabão</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Uma garota "zumbi" que fez meninos gritarem de medo (kk)</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Uma certa conversa com o líder que deixou todo mundo envergonhado</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">/até quem nem tinha feito nada!</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">"Hoje vai ter duas horas de adoração e três de oração"</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Todo mundo olha apavorado, achando que é verdade kk</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Maratona noturna</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Velas que se apagavam</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Gente de cara branca te assustando e tocando farinha e azeite</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Cantar "passo pela prova cantando ao Senhor" no meio da brincadeira =P</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Vigília com muito pagode, rock, música gaúcha, sertaneja e a multiplicação dos 5 pães e dois peixinhos</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">"Ser crente não é ser careta"</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">"Deus opera em todos os estilos de música"</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">"Melhor jovem aqui dentro sambando na frente do líder, do que comprar dvd pra rebolar escondido"</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Ficar bêbado de sono</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Taco *_*</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Medalhas: Amarelo, 3º. Azul, 2º. Laranja, 1º</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">* Saudade e ansiedade pelo carnaval do ano que vem!</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-76624285213554628902013-02-05T11:08:00.000-02:002013-02-05T11:08:13.291-02:00Prisão<div style="text-align: justify;">
Sinto-me em uma prisão. Sinto-me acorrentada e aprisionada por problemas, sofrimentos e alegrias que magoam a todos e a mim, e nem mesmo aconteceram de verdade. Sinto-me emaranhada em um mar de erros, mentiras, amizades que vão embora e descontentamento com a vida. Sinto-me mortificada da pior maneira. Sinto-me culpada por cada uma dessas coisas.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-89229716405434448732013-01-29T13:53:00.001-02:002013-01-29T13:53:08.619-02:00Fuga da realidade<div align="justify">
<span style="color: purple;">"Livros são minha fuga da realidade.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: purple;">A realidade dói.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: purple;">A ficção consola, diverte.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: purple;">O que não é verdade não precisa ser mentira.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: purple;">A mitomania também é uma fuga.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: purple;">Mas assim como os livros,</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: purple;">Personagens que não existem,</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: purple;">E fatos que não aconteceram."</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<strong><span style="color: magenta;">By: Cinderela</span></strong></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">"Já me chamaram de mentirosa.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Já me chamaram de falsa e louca.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Já me julgaram sem saber do que se tratava.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Já me abandonaram como se eu fosse lixo.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Já me culpei por mentir.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Já me machuquei pela culpa.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Já quis que tudo o que eu acreditava fosse verdade.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Já tentei me matar por ser a pior pessoa do mundo.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Já sofri, já chorei, já perdi amigos.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Eu sinto muito por ser mitomaniaca.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Sinto muito por ser tratada como coitada</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Como os depressivos ou anoréxicas.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Sinto muito por não ser a vítima,</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: orange;">Mas a vilã das histórias."</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="color: magenta;"><strong>By: Cinderela</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="color: magenta;"><strong></strong></span> </div>
<div align="justify">
<span style="color: black;">Ser mitomaniaca causa tanta dor quanto qualquer outra doença psiquica. Perde amigos, se sente solitária e culpada, sendo atingido por depressão e outras doenças "comuns".</span></div>
<div align="justify">
Mas todos pensam que se trata de algo idiota, frescura ou desculpa pra mentir. Não nego que exista quem use a mitomania como desculpa, talvez até criam uma "mania de mentir" que traduzem por mitomania.</div>
<div align="justify">
Mas mentir e inventar uma mitômania (verdade inventada) são coisas tão diferentes quanto escrever uma ficção ou uma biografia.</div>
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</div>
<div align="justify">
Mentir: Ato de enganar ou inventar uma história para seu aproveitamento ou para se livrar de uma culpa.</div>
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</div>
<div align="justify">
Mitômania: Ato da pessoa que inventa histórias fantásticas, dramáticas ou bonitas, não com o intuito de enganar. O mitomaniaco acreditava e confirma sua história SEM NUNCA DESMENTÍ-LA. </div>
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</div>
<div align="justify">
<span style="color: red;">"Não julgue as pessoas, nem mesmo aquelas que parecem merecer ser odiadas. Todas elas tem uma história, um passado, uma justificativa. Ame!" - <strong>Cinderela</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="color: magenta;"><strong></strong></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-30024205390194265422013-01-01T12:07:00.001-02:002013-01-01T12:07:19.217-02:00Ano novo, vida nova?<div style="text-align: justify;">
Odeio festa de fim de ano. </div>
<div style="text-align: justify;">
Odeio reunião de família que não se reúne durante o ano, odeio pessoas falsas que vem te dar "feliz ano novo" na maior cara-de-pau. Odeio fingimentos, estresse e pressa de fim de ano. Odeio a correria pra comprar presentes, e as expressões felizes de vidas vazias. Odeio esse clima de mudança no ar, eu detesto mudanças. Por que tenho que mudar hoje, por que não pode ser daqui a um mês, ou quando começar as aulas, ou em julho? Posso mudar a hora que eu quiser. Mas não gosto de mudanças. Gosto do meu mundinho do jeito que está, uma maldita vida de imperfeição. Sou feliz assim, agora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Mas pra quem gosta dessas festas todas, e pra quem está decidido a mudar pra melhor em 2013, que sua vida seja repleta de luz e sonhos, e que todos os seus sonhos se realizem. E que seja feliz, de verdade.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-79710959714191687202012-12-18T10:27:00.001-02:002012-12-18T10:27:16.629-02:00<div style="text-align: justify;">
Tive uma compulsão ontem.</div>
<div style="text-align: justify;">
Alias, elas tem aparecido muito ultimamente. Não sei porque, elas tinham parado. Não tenho motivos pra tá triste ou ansiosa. Vai ver é só eu sendo gorda.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não to com raiva. To feliz. Não pelas compulsões, claro. Por ter alguém que me ama do jeito que eu sou.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-58633546667383154002012-12-11T10:21:00.000-02:002012-12-11T10:21:26.288-02:00Feliz *_*To bem.<br />
Emagreci 3kgs no último mês, com dieta saudável e exercícios.<br />
To namorando a pessoa que eu pedi a Deus minha vida toda (evangélico, otaku, rockeiro, carinhoso, fofo, amigo, querido, não é meloso...) e to feliz demais. Apaixonada como há tempo não acontecia ;).<br />
Minha vida está nos trilhos de novo. Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-70027662910367596332012-11-27T11:37:00.000-02:002012-11-27T11:37:09.635-02:00Crônicas de ana e mia<div style="text-align: justify;">
<b>Pensei ter feito a coisa certa.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Pensamentos obssessivos, pouca comida, laxantes, água até a barriga doer, barulhos no banheiro.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Eu só queria emagrecer.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Será?Será que era isso que eu queria realmente?Eu queria ser perfeita. Queria ter o gosto de ser olhada, ter o gosto de dizerem "Caramba, você é magra demais!" ou "Já pensou em ser modelo?". Coisas que ouvi quando ainda era magra e linda.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Mas o que eu queria não era emagrecer. E não, também não queria chamar a atenção, como muitos dizem por aí. Eu queria ser por fora, a garota perfeita que eu não era. Porque por dentro, eu era uma carne putrefada e podre, cheia de manias e erros, cheia de dor. Eu merecia cada pequena dor que estava passando, porque eu era idiota, era merecedora de qualquer dor. Merecia cada milimitro daquilo.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Os anos foram passando, e hoje vejo no que tudo isso deu. Apesar de "curada" (até porque, o fato de ter parado com tudo não significa que isso não me machuque), choro ao me olhar no espelho e ver os quilos que ganhei. Choro quando sou obrigada a comer, mesmo sabendo que se trata de comida "saudável". Porq que eu não posso ser feliz assim?Por que não posso me aceitar como eu sou?Não dizem todos que sou bonita, que tenho um corpo que muita gente deseja, e que tudo aquilo estava me maltratando?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Mas sim, essa gordura também me machuca. Machuca ser gorda, machuca não ter o corpo desejado, não ser feliz com o que é. Dói terrivelmente.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>E a dor é lembrada todos os dias.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Oi, meninas. Estou bem, de dieta com nutricionista e tratamento com psicologa, como sempre. Meu relacionamento familiar tem melhorado, graças a Deus, e apesar de poucos, meus amigos são incríveis comigo. Deveria estar feliz. Mas eu não consigo. Sinto por dentro uma dor horrível, e nem mesmo sei o motivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estou começando um novo blog, o Crônicas de Ana e Mia. Trata-se de um blog só pra textos como esse aí em cima. Futuramente quero fazer um tumblr com mesmo título também. Quem quiser seguir, eu ia agradecer muito ;)</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://cronicasdeanaemia.blogspot.com.br/">http://cronicasdeanaemia.blogspot.com.br/</a></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-34685986281212691092012-11-21T10:40:00.002-02:002012-11-21T10:40:59.744-02:00Amanhecer/Festa/AnimeXtreme<div style="text-align: justify;">
Foi uma semana corrida. Na quarta, passei o dia no shopping, conheci muita gente na fila (alias, conheci uma menina bi muito linda *_*) e comi pra caramba. No sabádo tive uma festa de quinze anos onde comi mais um tanto. E apesar de não ter dormido nada de sabádo pra domingo, logo de manhã saí pra ir em um evento de anime, onde não comi absolutamente nada e conheci mais um monte de gente. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem me deu uma dor de barriga sem explicação e meu pai me buscou na escola. Ainda to mal, que droga :S.</div>
<div style="text-align: justify;">
E sumiu umas coisas aqui, tipo dinheiro e o cartão de passagens do meu irmão, e colocaram a culpa em mim (pra variar) e na minha amiga. Aí minha mãe começa a me jogar na cara coisa que falei pra ela há trinta anos. Depois ela pergunta por que não conto as coisas pra ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tô deprimida de novo, e muito irritada ultimamente. E não, definitivamente, não é TPM. Eu sei quando to de TPM, e acreditem, é muito pior. Eu to é cansada de guardar tudo dentro de mim, isso sim. </div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-25431239979630039082012-11-13T11:45:00.000-02:002012-11-13T11:45:02.943-02:00Acampamento<div style="text-align: justify;">
Esse fim de semana foi aquele que é possível esquecer problema com peso, tristezas ou qualquer motivo de preocupação. Acampei com minha melhor amiga e a família dela, foi muito divertido. Juntei lenha, fiz varal de sacola e um carregador de lenha feita com madeira e saco de lixo. Comi só coisas feita em casa, da salada ao peixe. Foi divertido demais.</div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que quando voltei, percebi que tinha saído totalmente da dieta da nutricionista. Agora vou voltar, pra ver o que eu perco até o mês que vem, quando voltar lá.</div>
<div style="text-align: justify;">
Amanhã vou na pré-estréia do Amanhecer (já não vejo a hora *_*). E comerei bastante, é bem provável. </div>
<div style="text-align: justify;">
Estou muito bem, emocionalmente. Feliz, animada, bem. Esperando que isso não mude por motivos bobos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vou ver o blog de vocês agora. Kisses</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-13142741787652280332012-10-30T11:38:00.002-02:002012-10-30T11:38:57.059-02:00'Eu consegui, eu venci o câncer!'<div style="text-align: justify;">
Essa frase nas mãos de um garotinho pequeno em uma foto me fez sorrir. Porque, sim, eu venci o câncer. Com a doação de medula e todos as 42 sessões de quimioterapia, estou em perfeito números de leucócitos, hemoglobina e ferro. Eu venci!</div>
<div style="text-align: justify;">
Estou muito feliz, apesar de todas as coisas que ainda estão acontecendo a minha volta. Mas nada é tão horrível a ponto de estragar minha felicidade com a minha cura. Estou feliz. Como nunca.</div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigada pela força de todas vocês, cada uma.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pra quem quiser me achar nas redes sociais:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>facebook.com/hiihharuno</b> - Face</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>@__umpoucodetudo</b> - Twitter</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>eisaminhahistoria.tumblr.com</b> - Tumblr</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>eisaminhahistoria.blogspot.com</b> - Blog</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-73550939467067563352012-10-23T21:44:00.001-02:002012-10-23T21:44:37.524-02:00Eu sinto muito<div style="text-align: justify;">
Sinto muito por não ser perfeita. Sinto muito por ser teimosa, perfeccionista e gostar de ler.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito por não ter escolhido a escola mais fácil, onde teria me formado já e pagando uma faculdade com meu próprio dinheiro. Sinto muito por ter sido teimosa e querer tudo perfeito, a ponto de querer ir pra escola mais difícil - onde realizaria meu sonho de ser professora - e me formar na UFRGS. Sinto muito se tenho ideias malucas e decidi não trabalhar e ser sustentada - pra realizar outro sonho de criar eu mesma meus filhos. Sinto muito por ser burra a ponto de não ter conseguido realizar meus projetos e estar atrasada cinco anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito não gostar das mesmas coisas que o resto do mundo. Sinto muito por sempre ser a do contra que não gosta do que tá na moda, ou quando gosta, é sempre daquela moda que ninguém seguiu. Sinto muito por gostar de anime e jogos de vídeo game, e gostar de futebol e amar uma menina. Sinto muito por gostar de ler, e esses livros que gosto me "fazerem mal" (não que eu acredite nisso). Sinto muito ter vinte e um anos e não ser "madura", eu ainda não sei porque, mas juro que ainda vou descobrir porque parei na droga do tempo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito por gostar de psicologia e ter sempre um motivo pscicologico pra tudo.Sinto muito por ser tão nerd.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito por não ser a filha perfeita, por ser a ovelha negra. Sinto muito por não ter erros "normais", infelizmente eu odeio essa palavra, e felizmente, eu aprendo com erros alheios, e por isso tinha que cometer erros mais malucos. Sinto muito por sempre magoar todo mundo sem querer, eu juro que nunca quis isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito por não gostar de novela e preferir anime. Sinto muito por não gostar de todas essas bandinhas e cantores "da moda" e preferir ser fã de uma mulher que nunca foi moda (mas que pra mim, é a melhor cantora do mundo). Sinto muito se gosto de um cantor que não canta bem (mas que tem letras lindas) e por estar começando a gostar de outra cantora, só porque se cortava, como eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito por ter tido depressão e transtorno alimentar. Sinto muito por ter a droga de uma doença maldita que me faz perder quem eu amo. Sinto muito por ter me cortado um dia pra aliviar essa dor, e por um dia ter tentado suicídio pra acabar com a dor por completo. Sinto muito, eu não pedi isso. Aconteceu, é uma doença, eu não escolhi isso . E não, eu não tenho a droga de uma vida perfeita que não me dá desculpa pra ter uma doença dessas. Se acha minha vida perfeita, vive ela por mim e então fala alguma coisa. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito não gostar de facebook e preferir tumblr. Lá é onde estão meus amigos e onde eu desabafo e ninguém me julga pelo que eu gosto. Lá é o único lugar que eu posso dizer em que ano estou na escola e não perguntarem se eu parei de estudar ou quantas vezes eu rodei. Lá é as colinas pra onde eu fujo quando tudo fica mal.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito por tudo. Eu juro que não queria ser assim. Mas eu sou. Eu sou assim.</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-35648403145702821022012-10-09T10:17:00.001-03:002012-10-09T10:17:10.526-03:00Ataque de pânico<div style="text-align: justify;">
Faziam três anos que não acontecia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Minha cabeça estava cheia de problemas. A briga da turma, a história da minha família e a perda pra sempre da Viih = /. Eu estava morta por dentro, tentando viver por fora, fingir que vivia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estava pronta pra ir pra escola, quando o telefone tocou. Era uma voz desconhecida pra mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Cinderela? - perguntou a voz - É a mãe da Viih.</div>
<div style="text-align: justify;">
Como sempre acontece quando ouço falar nela, minhas mãos começaram a tremer e suar. Tentei agir como a adulta que sou.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Sim, dona Sônia - falei - Sou eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
As próximas palavras prefiro nem registrar. Foram minutos me esculachando, criticando e xingando das piores coisas. Coisas que eu nunca fui.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Viih está mal de novo, por sua causa - ela falou, finalmente, quando meu choro já era compulsivo - Ficou quase cinco dias sem comer, passou mal e não quer comida. Estou obrigando. Ela estava recuperada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquela notícia era ruim pra mim também. Eu a amava, me preocupava com ela, não queria perdê-la. Foi algo que aconteceu, afinal, nada é pra sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
Essa mulher, que sempre me odiou, sempre me culpou por tudo o que acontecia com a filha dela, inclusive a homossexualidade, finalmente conseguira o que queria. Estamos separadas. Pra sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
Só então percebi que havia silêncio do outro lado da linha. Outra pessoa segurou o telefone e respirou fundo. <i>Era ela</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Cindy, quero falar com você.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não pude atender o pedido dela. Minhas mãos largaram o telefone e eu fitei o vazio. Algo voltou em minha garganta e eu vomitei aos meus pés. Levantei a cabeça e vi as sombras me cercando. Mãos, braços e corpos, apenas vultos correndo por mim, em desespero.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não! - gritei, tão desesperada quanto uma personagem de novela ao ver seu assassino - Saiam daqui, sai!</div>
<div style="text-align: justify;">
Deitei no chão de olhos fechados, chorando. Senti os braços da minha mãe me sentando, e a voz do meu pai falando ao telefone.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Calma, Cindy - ela pediu - É só uma crise de pânico, não são de verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chorei no ombro dela por minutos, enquanto ela me acalmava, carinhosamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Pode ficar em casa hoje, já é uma e quinze - ela disse, baixinho - Acho que tu vai ter que voltar pro psiquiatra, já voltou aos extremos da tua doença.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu abri os olhos e assenti, me acalmando.</div>
<div style="text-align: justify;">
E mais uma vez, senti tudo voltando a tona.</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-42614734624967275572012-10-02T09:14:00.000-03:002012-10-02T09:15:22.030-03:00O que seria de mim sem todas vocês?<div style="text-align: justify;">
Não penso mais em ir embora pra sempre. Não penso mais em me matar. Por enquanto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estou em depressão. Eu não fui diagnosticada, nem nada, mas eu sinto, aqui dentro, que estou do mesmo jeito, ou talvez ainda pior do que as outras vezes que fiquei assim. É meio que uma defesa que eu tenho, quando perco as pessoas que eu amo, eu me fecho pra outras amizades, me isolo e só fico presa no meu mundo depressivo. E depois de uns três ou quatro meses passa.</div>
<div style="text-align: justify;">
A ana voltou com tudo. Não estou vomitando, porque é uma coisa que minha mãe percebe muito, mas estou comendo só quando ela está por perto (e nessas horas eu como muito :S) e fazendo exercícios pra caramba.</div>
<div style="text-align: justify;">
De manhã, corro bem cedo, logo quando acordo. De tarde, vou de bicicleta pra escola (que é bem longe, dá uma hora e meia pedalando) e quando chego da escola, lá pelas oito da noite, caminho por uma hora. Lá pelas nove horas, eu faço abdominais e outros localizados. Vou emagrecer de qualquer jeito agora.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a gente precisa, quem a gente menos espera fica do nosso lado. Entre todas as minhas amigas, a que eu mais desconfiava (e eu me odeio por isso) que fosse me trair quando eu menos esperasse, foi a única que ficou comigo quando eu precisei. Esteve aqui nos últimos dias, e eu chorei a perda das minhas amigas, e principalmente a perda da Viih. E ela ficou comigo, diferente de todos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho que parar de julgar as pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu agradeço muito a vocês, porque jamais conseguiria seguir com a minha vida sem os posts e comentários de cada uma. Muito obrigada, por tudo mesmo, vocês são demais. Eu amo todas vocês.</div>
<div style="text-align: justify;">
E eu volto, prometo.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-647427816625963743.post-79177218454655751492012-09-25T10:06:00.000-03:002012-09-25T10:06:53.280-03:00Que doença é pior que outra?<div style="text-align: justify;">
<b>Eu sou uma pessoa dramática, então, se não aguentar meus dramas, fique a vontade pra comentar sem ler o resto, eu não me importo.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque motivo uma doença é pior que a outra?Se estamos falando de doenças psicológicas, que são graves e necessitam de tratamento?Porque motivo depressão é normal, anorexia é "frescura" e mitomania é coisa de gente "sem-vergonha"?Não são todas doenças que precisam ser tratadas, que precisam ser compreendidas pelas pessoas que nos amam?</div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, eu tenho esses três problemas. Sim, eu tenho vergonha deles. O fato de ter vergonha, porém, não significa que não sinto vontade de continuar emagrecendo loucamente ou continuar mentindo loucamente. E o fato de querer tudo isso não significa que não quero tratamento. Eu sou uma pessoa doente, sim, preciso de tratamento urgente, mas quem é que tá se importando?Quem é que se importa com isso?</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu já perdi milhares de pessoas que amava (e amo ainda), seja amigo, namorado (a) ou outra coisa, porque causa dessa doença horrível. E desculpa, mas pra mim, a pior de todas é a mitomania, não porque seja mais grave ou pior, mas porque é a única que faz as pessoas perderem a confiança em você, desconfiarem de você, se afastarem de você, por achar que você é uma mentirosa compulsiva.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mentiroso compulsivo e mitomaniaco tem muitas diferenças. A principal delas é que o mentiroso normalmente não inventa mentiras, ele só as aumenta. O mitomaniaco não sabe que está mentindo, ele realmente acredita - e sofre - naquilo que está falando. Eu sofro com mortes, namoros terminados e problemas que nunca aconteceram, mas que eu acredito terem acontecido.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pra quem não sabe, mitomania é um problema psicológico que afeta crianças, normalmente crianças que sofrem algum tipo de violência em casa (física, sexual ou moral), e começa a criar fantasias em sua cabeça, transformando sua vida em um mar de rosas. Se não tratado, esse problema se agrava durante a adolescência e fase adulta, tornando todo e qualquer "imaginação" ou desejo do mitomaniaco em fato. Ele passa a acreditar em coisas que nunca aconteceram, e automaticamente contar aos amigos mais próximo ou a família, que sem perceber, sofre com ele por coisas que não aconteceram. Muitos dos amigos, que não compreendem o problema, acabam se afastando por não confiar mais no mitomaniaco.</div>
<div style="text-align: justify;">
E isso dói. Se eu pudesse expressar em palavras o quanto dói perder amigos que eu amo, que me importo e que me preocupo, como se eu fosse descartável, como se fosse um pedaço de papel. Esse ano eu tinha prometido não fazer novas amizades, pra não mais magoar ninguém. Mas sem querer, acabo criando vinculos com pessoas maravilhosas, que mais cedo ou mais tarde, vem descobrir que não podem confiar em mim, e assim me abandonar para sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
E assim eu vou criando uma lista de ex-amigos com quem me preocupo e amo, e tenho que saber por outrem o que acontece com eles. E é triste, dói por dentro. Machuca.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu quero me curar. Mas me diz como posso saber o que é verdade ou não de tudo o que eu sei sobre mim mesma?Nem mesmo eu sei o que é mentira ou verdade. Nem eu sei dizer quais dos meus problemas são reais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na semana passada, minha mãe e Viih conversaram por sms sobre algo que eu tinha dito e que nunca aconteceu. Tenho quase certeza que a perdi pra sempre. Perdi o amor da minha vida. A pessoa mais importante pra mim, depois da minha mãe. Eu a perdi pra uma doença horrível, que não deveria existir.</div>
<div style="text-align: justify;">
Deus, me ajuda a sair de tudo isso, sim?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigada por ter lido,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cinderela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
P.S: Não se surpreendam se essa for uma carta de despedida. Eu realmente não sei o que fazer da minha maldita vida. Obrigada por existirem e tentarem me entender.</div>
Unknownnoreply@blogger.com3